Amor versus proselitismo

Com_Direito_Asif_Akbar_SiteArt. 4° – É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (Estatuto da Criança e do Adolescente)

No Brasil há, por parte de alguns, a desconfiança de que a ação social da igreja local seja feita com a intenção de proselitismo, isto é, de coagir a criança e sua família a se converterem e aumentarem o rol de membros da congregação. Quando a igreja local cai na tentação dessa “troca”, seu poder de transformação social torna-se ineficaz.

Coerção e manipulação nunca foram os métodos de Jesus. Pelo contrário, a marca dos discípulos de Cristo sempre foi o amor. A proclamação do evangelho (boas novas) para nós, cristãos, é parte inseparável do amor ao próximo. Esse amor é o que deve nortear o trabalho social cristão.

A igreja tem uma posição estratégica, está bem representada em todos os segmentos da sociedade civil do Brasil. Além disso, ela recebeu de Jesus Cristo a autoridade e a responsabilidade para fazer toda boa obra. Do Espírito Santo, ela tem a promessa de poder e discernimento.

É louvável a forma como a Convenção das Igrejas Batistas Independentes já se despertou para a grande necessidade das crianças e adolescentes mais vulneráveis e já se mobilizou para fortalecer a atuação local de suas igrejas.

Não é possível dispensar a igreja de sua responsabilidade compartilhada com os outros setores da sociedade, com o Poder Público e com a família, na garantia dos direitos das nossas crianças. (E.G.)

Para saber mais: Leia Declaração sobre Proselitismo, da Rede Miquéias, tradução do artigo em espanhol que serviu de base para esse texto.

 

Autor(a): Elsie B. C. Gilbert, Editora da Rede Mãos Dadas.