Caiuá: 75 anos de missão integral

A Missão Caiuá é, no contexto da igreja brasileira, como a senhora “mestra do bem e séria em seu proceder” que Paulo descreve para Tito, como padrão a ser seguido (Tt 2.3). Fundada há 75 anos, foi a segunda organização missionária a iniciar um trabalho com povos indígenas no Brasil. O alvo era (e ainda é) o povo Kaiuá (“os que comem macacos”), que vive na região de Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Mesmo com as mãos calejadas, sua visão ainda é muito clara: “o evangelho não deve ser proclamado sem estar intimamente ligado a todas as necessidades do ser humano”, diz o secretário executivo da organização, o pastor Benjamim B. Bernardes.

Palavra dita, ação cumprida. Na década de 20, a primeira igreja fundada pela Missão era apenas um rancho de capim que servia de escola e um ambulatório com dois quartos, cercado de tábuas e coberto por mato. Hoje, são seis escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental com 1.700 alunos, e um hospital com 100 leitos para índios, administrado por uma equipe de 120 pessoas. Nesse hospital, há uma ala exclusiva para crianças desnutridas. Além disso, já são cinco igrejas indígenas organizadas, 23 congregações e um instituto bíblico para a formação de evangelistas Kaiuás.
Embora discreta, a influência dessa experiente senhora na história da igreja é indiscutível.

A trajetória da Missão Caiuá serve de inspiração. Não há outro ministério integral tão perseverante voltado exclusivamente para os índios entre as 251 tribos existentes no Brasil.