Cartas

Janaina e Paulo atenderam nosso pedido da edição nº 4 e enviaram seus testemunhos. Aguarde outros na próxima edição.

Há quatro anos, uma amiga me levou para conhecer um projeto com crianças e adolescentes de uma favela de Belo Horizonte e me apaixonei.
Comecei ajudando em um grupo de orientação sexual e, a partir de então, montei um grupo de informação profissional, em que adolescentes de favelas podem conhecer a si mesmos e sobre o mercado de trabalho. Esse projeto foi iniciado em 1999 com cerca de 15 adolescentes. As primeiras dinâmicas foram para que falassem sobre a vida deles, escola, trabalho, futuro. O grupo se estendeu por quase um ano. O objetivo era que os adolescentes se percebessem enquanto cidadãos e percebessem a sociedade em que vivem. Em 2002, tivemos o terceiro grupo de informação profissional. Ainda me encontro com os adolescentes dos grupos anteriores e é gratificante ver que estão crescendo. Alguns já estão trabalhando e dizem como foi bom participar dos encontros. Eles me mostravam por onde deveríamos ir. Acredito que o maior mérito seja deles, que precisam lutar mais do que um adolescente de classe média para provar que são capazes, que podem sonhar, que merecem ser ouvidos.Tenho visto como Deus trabalha no coração dos adolescentes, mas também no meu. Antes disso, nunca havia imaginado a possibilidade de me envolver nesse tipo de trabalho. Hoje vejo que é um privilégio ser chamada por Deus para esse ministério de misericórdia.

Janaina Moutinho Costa, psicóloga
Belo Horizonte, MG

Junto com um grupo de irmãos da Igreja local Casa de Oração, participo e um trabalho de assistência em um bairro muito carente. Há cinco anos distribuímos sopa para crianças carentes. Também ensinamos a Bíblia para uma média de 70 crianças e adolescentes. O bairro possui um grande número de analfabetos. Após ler o último número da revista Mãos Dadas fui despertado a realizar um desejo que já cultivava em meu coração. Sob a permissão de Deus, ampliaremos os serviços do Centro de Assistência Social Cristão Novo Tempo, abrindo uma sala para alfabetização de adultos e outra de apoio escolar para crianças e adolescentes. Sabemos das dificuldades que virão, pois contaremos com recursos próprios, mas confiamos plenamente em Deus.
Quanto ao material para o curso de alfabetização, um irmão que trabalha com a Alfabetização e Evangelização Internacional decidiu nos ajudar. Minha mãe, que tem experiência na área escolar, será responsável pela classe de adultos e nós, pela de crianças e adolescentes. Mãos Dadas contribuiu diretamente para o meu envolvimento nesse ministério.
Paulo Eduardo Martins
Ituiutaba, MG