Dia 3 Deus Rei

Dia 3: “…venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu…”

A terceira frase do Pai Nosso, diz muito mais do que pedir a permissão de Deus para os meus projetos pessoais preferidos. Sou convidada a desejar que o governo do Rei Jesus seja estabelecido na sociedade por crer que sob o seu comando as guerras cessarão, a opressão já não mais existirá, a dor e o sofrimento acabarão. Sou convidada a antever a volta do Rei cujo reinado não terá fim!

Diante desta perspectiva, sou convidada a entronizar a Jesus, meu Rei e Senhor, em todas as esferas da minha vida como um anúncio do que está por vir. Quero que o seu governo — a forma como ele conduz a história da humanidade – se cumpra hoje, nos detalhes da minha vida. E esta minha decisão e desejo é maior do que as outras muitas vontades que competem dentro de mim pelo primeiro lugar.

Encontro em Mateus 8.23-27 uma história que ilustra bem este total comando do Rei do Universo. Trata-se do episódio no qual Jesus acalma uma tempestade que ameaçava afundar o barco que transportava ele e seus discípulos. Quem pode fazer parar o vento? Só alguém que pode também mudar a irradiação solar que causa o aquecimento da terra e que gera as áreas de alta e baixa pressão atmosférica, que, por sua vez, originam os ventos! E que tal fazer isto com uma simples ordem? Só alguém que estava lá, desde o princípio, e cuja autoridade sobre toda a ordem criada é indiscutível!

“Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem? ” Se perguntam os discípulos. Posso imaginar a continuação deste pensamento: “E, no entanto, ele está aqui, no nosso barco! ”

Jesus ao acordar, lhes dá uma bronca, “Por que temeis, homens de pouca fé? ” O teólogo Mathew Henry comenta, “Ele não adverte os discípulos por que estes perturbaram o seu sono e sim porque eles se perturbaram com o medo incontido”. Pedir a Jesus para salvá-los era a atitude correta diante da tempestade, mas poderiam tê-lo feito com menos desespero. Eram homens de pouca fé!

Como discípulos, homens e mulheres de “pouca fé” que somos, precisamos:

1- Reconhecer o senhorio de Jesus sobre todo o mundo, inclusive sobre todos os poderes que possam atuar sobre nós e contra nós hoje!

2- Pedir a ele para que continue conosco no nosso barco, que tome o leme e nos guie.

3- Insistir, com fé e menos medo, para que nos salve da tempestade que nos ameaça no momento presente!

Pense agora em sua família:

1- Quais são as ameaças que a sua família enfrenta? Algum vício, desemprego, imoralidade sexual, injustiça no trabalho, luto, dificuldades financeiras, distanciamento emocional ou separação. Seja o que for, reconheça agora, diante do Rei Jesus, que estas coisas causam muita angústia no seu coração, mas que, ao mesmo tempo, elas não pegam o Rei de surpresa, e que ele tem autoridade sobre elas.

2- Peça a Jesus para mostrar a você algum caminho mal que você precisa abandonar. Há algo que você precisa fazer que depende da sua obediência aos comandos do seu Senhor? Se há, peça a ele discernimento sobre como proceder. Se não há, entregue a ele o trabalho de lidar com a tempestade.

3- Peça a Jesus que tome o controle da situação e que no seu poder e pela sua ordem os poderes do mal sejam boicotados e silenciados. Não se esqueça de que ele quer fazer isto por você e pelos seus. Você pode, inclusive, admitir a sua pouca fé, e pedir que ele a aumente!

4- Termine esta oração lendo e relendo o Salmo 107.28-31, se preferir, leia-o mudando a terceira pessoa para a primeira, assim:

“Na minha aflição, clamei ao Senhor, e ele me tirou da tribulação em que me encontrava. Reduziu a tempestade e uma brisa, e serenou as ondas. As ondas sossegaram, eu me alegrei, e Deus me guiou ao porto almejado.

Que eu dê graças ao seu amor leal e por suas maravilhas em favor dos homens.”

Salmos 107.28-31 (Adaptado para a primeira pessoa). 

Por Elsie Gilbert, imagem Andrew Gilbert