Família: arranjo de Deus, desarranjo dos homens

A primeira família bagunçada de que se tem notícia foi a família de Adão e Eva que, como pais, foram obrigados a vivenciar a violência de um filho contra o outro. Desde então, a humanidade parece ter se especializado em deturpar e corromper o ideal de Deus para a unidade básica da sociedade: a família.
Alguns anos atrás, alguém perguntou a uma mulher presa na cadeia de Anápolis, Goiás, porque estava ali. Sua resposta foi: “Matei meu filho”. Esta mulher e seu amante haviam matado o bebê de 18 meses a pauladas porque este não parava de chorar!
A família brasileira, assim como as demais famílias ao redor do globo, não vai bem. Aqui estão alguns indicadores:

  • 30,5% das famílias brasileiras com crianças entre 0 e 6 anos vivem na miséria, ou seja, com uma renda mensal de meio salário mínimo3.
  • Em 1998, havia 5.349 crianças no Brasil notificadas com HIV positivo herdado da mãe. 69% dos meninos de rua vão dormir em casa. Destes, 75% são submetidos a algum tipo de violência pelos familiares.
  • O Brasil tem atualmente cerca de 20.000 jovens infratores, dos quais 8.000 estão presos.
  • A idade média da primeira relação sexual das mulheres é de 15 anos. Caiu 5 anos desde 1970.
  • 26.924 crianças nasceram de meninas menores de 14 anos em 1997.
  • A duração média de um casamento nos grandes centros é de 10 anos.
  • O aborto mata 4 milhões de crianças por ano no mundo; 400 mães morrem por ano em decorrência do processo abortivo.
  • 26% das famílias brasileiras são chefiadas por uma mulher.
  • 53% dos homens entrevistados pela revista VEJA buscam relações sexuais com prostitutas.
  • 70% dos casos de violência contra a mulher acontecem em casa.
  • 15% da população brasileira é alcoólatra.

Em todas as situações acima, crianças indefesas são geradas, formadas e deformadas. Até quando vamos assistir impassíveis à corrupção generalizada da nossa sociedade? O que podemos fazer como cidadãos, como vizinhos e como cristãos? Será que Jesus previa um papel transformador e restaurador para a igreja junto à família? Você e sua igreja já têm alguma estratégia de ação?

 

Fontes: 1. Ministério da Saúde; 2. Livro Excelentíssimos Senhores, de Rubem Amorese, Ed. Ultimato; 3. UNICEF; 4. Revista Veja, ano 32, nº 38; 5. Revista Veja, ano 34, nº 11; 6. GREA – Grupo de Estudo do Alcoolismo, Hospital das Clínicas, São Paulo; 7. Relatório da psicóloga Arline Poubel, apresentado a Tearfund; 8. IBGE.