Missões entre Indígenas: uma perspectiva social

Em 1954 a Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) iniciou o trabalho missionário entre as tribos indígenas do Brasil, com a missão de proclamar o evangelho em cada língua de cada tribo brasileira. No ano seguinte, a Missão Asas de Socorro iniciou o trabalho de dar suporte aos missionários em áreas isoladas. Na mesma época, a Sociedade Internacional de Linguística (SIL) chegou aqui e começou a analisar as línguas e traduzir a Bíblia. As populações indígenas cresceram em número e em visibilidade. São 364 mil pessoas distribuídas em cerca de 257 povos étnicos que falam 184 línguas diferentes. 600 missionários evangélicos atuam hoje entre os indígenas.

Um aspecto menos conhecido é o componente social sempre presente na atuação missionária junto aos povos indígenas.

A maior parte dos missionários residentes em aldeias atua em uma de três áreas: educação, saúde ou análise da língua. Seila Soeiro, da MNTB, que atuou na aldeias Dr. Tanajura, Pitop e Dois Irmãos por 30 anos conta que os jovens que ela alfabetizou na língua dos Pacaas Novos são hoje os professores da escola de ensino fundamental que funciona na própria aldeia.

Entre os Yanomami, os missionários são parceiros da Fundação Nacional de Saúde, capacitando indígenas na área de saúde. De acordo com a missionária e médica Simone Botileiro, da MNTB, esta nova ênfase associada a um trabalho de vigilância epidemiológica está dando bons resultados. “A malária está erradicada ou controlada em muitas áreas Yanomami, inclusive aqui, em Novo Demini, em Boa Vista (RR),” afirma.

Sites relacionados:
www.mntb.org.br
www.asasdesocorro.org.br
www.sil.org/americas/brasil
www.funasa.gov.br