O desafio do respeito à masculinidade

O desafio do respeito à masculinidade

Por Débora Vieira, psicóloga clínica e editora da Rede Mãos Dadas 

 

Conversando nesta última semana com a editora chefe da Rede Mãos Dadas, nossa querida Elsie Gilbert, sobre o tema da masculinidade, pensamos sobre como tem sido difícil ver homens sendo honrados e respeitados em nossas igrejas. Elsie comentou sobre o Dia das Mães ser uma data quase venerável, em que as homenageadas são praticamente santificadas por seus feitos – que de fato são tantos e honrosos! Porém, quando olhamos para o Dia dos Pais, o que vemos são mensagens e sermões que exortam, corrigem e chamam o homem à responsabilidade de “seu papel”, e… um agradinho no fundo. Elsie comentou que percebe uma dificuldade no respeito à figura do homem. Concordei e fiquei meditando sobre essa impressão. 

Pensando em minha trajetória ministerial, servindo crianças e adolescentes há mais de 25 anos, acompanhei meninos e garotos querendo realmente ver referências de homens na igreja e em casa. Eles falam sobre isso, contam histórias, fazem perguntas. Questionam posturas. E em muitos, muitos casos, constatam uma grande ausência. Sentem muita falta. Tanto que, quando há um “tio”, um “líder”, um “educador” – homem – no meio deles é praticamente certo que ele estará rodeado de crianças ou adolescentes em volta, enquanto as “tias” estarão por ali para dar suporte (risos). Eles são raridade. São naturalmente honrados pelos pequenos. Mas a igreja os vê? 

“A cada um, dai o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” (Romanos 13:7)

Os homens presentes na comunidade, que se esforçam para assumir espaços, serviços ministeriais, aconselhamentos, diante de tantas adversidades, deveriam ter claro seu incentivo e reconhecimento. Esse espaço de honra certamente os abençoaria e incentivaria em seu caminho, como também, daria força para serem referência para as crianças e adolescentes que sentem a falta dessas figuras – e não são poucos casos. (É difícil aprender a honrar alguém que me fere ou não é presente, mas quando vejo homens de Deus, cheios de compaixão e amor, que podem me ajudar no caminho, certamente meu processo poderá ser um pouco mais fácil!) 

Em sua comunidade tem sido construído espaços para honra dos homens de Deus que se levantam para ser referência para a nova geração? Há espaço para cuidado, ensino e compartilhar de homens? Eles conseguem vislumbrar a possibilidade de serem vulneráveis no dia a dia da comunidade? Corrigir erros? Há espaço para a masculinidade honrada?

Compartilhe sua experiência nos comentários! Queremos muito saber! 

 

 

6 Comentários

  1. Regina Meire do Nascimento

    Ontem foi meu último dia como presidente do Ministério Jeame, que liderei por 10 anos. E durante este tempo, orei pedindo a Deus um homem que o ama e que ama os adolescentes infratores da Fundação CASA, onde evangelizamos toda semana, para me suceder. Por quê? Porque os adolescentes não tem modelo de homem que ama a Deus. Glória a Deus que ouviu a minha oração ! O Jéferson inicia hoje a gestão para a glória de Jesus!

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    • Equipe Mãos Dadas

      Que honra ter seu comentário aqui e seu apoio de sempre, querida Regina! Que Deus abençoe sua vida nesta nova etapa e que Ele seja também com o Jeferson Araújo nesta nova etapa do Jeame! Que ele seja referência de amor de Jesus às crianças e adolescentes da Fundação CASA, em nome de Jesus!

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  2. Willian Leal Mendes

    Sou Willian Leal Mendes pai do Arthur 19 anos e do Sophia 17 anos, casado com a Elisa a 23 anos.

    Amo meus filhos e juntamente com a minha esposa decidimos investir o melhor de nós na vida deles.

    Hoje estou com 52 anos e agora como pai, vislumbro um tempo de grandes transformações na vida dos nossos filhos: Conclusão do ensino médio, cursos técnicos, projeção de qual faculdade escolher, oportunidade de trabalho, amizades, relacionamentos.

    Somos cristãos evangélicos desde a nossa adolescência, casamos com o propósito de constituir uma família, através de um casamento onde a paternidade e a maternidade pudessem ser exercitadas plenamente por nós e assim foi, como segue até hoje.

    Diante do texto, apresentado a respeito da masculinidade e consequentemente da paternidade na vida dos filhos, tenho presenciado o quanto é importante, necessário e urgente que a igreja a começar pelas famílias, possam resgatar e promover com todo empenho necessário o lugar, o papel, o valor, a missão e a honra que um homem como pai, merece diante do desafio que todo homem encontra na vida a frente de uma família no exercício de uma paternidade equilibrada, saudável, responsável e inspiradora junto aos seus filhos.

    Em nosso ministério denominado Somos Uma Família, trabalhamos estes princípios apresentados para todas as famílias do nosso ciclo de relacionamentos “presencial e virtual” e temos dois grupos no Facebook Alcançado a próxima geração voltado para homens e Somos Uma Família para mulheres e famílias.

    O nosso maior desafio como igreja em nossa nação a respeito da masculinidade e consequentemente da missão confiada a todo homem da parte do nosso Deus é:

    O retorno a Bíblia como princípio de fé e prática, onde a nossa identidade seja forjada através dos princípios da palavra de Deus e assim construindo em nós homens a masculinidade necessária para o nosso pleno desenvolvimento na constituição de uma família, de uma aliança com uma mulher e de uma paternidade centrada em Cristo que possa refletir para os filhos, um referencial equilibrado da partenidade de Deus, como Jesus Cristo fez e ensinou aos seus discípulos segundo os evangelhos.

    Sou grato por este ministério “mãos dadas” voltado para as crianças e comprometido em compreender a realidade para buscar realizar da melhor maneira possível o ministério cristão em favor dos pequeninos na perspectiva do reino de Deus.

    A melhor maneira que a igreja, como Comunidade do reino, possa contribuir para a transformação de uma cultura, onde há figura do homen, como a importância da paternidade são questionadas e descartadas sistematicamente é promover uma cultura do reino onde os homens possam assumir a sua identidade e missão enquanto discípulos de Cristo na sociedade, na igreja a partir das família.

    Pastor Willian Leal Mendes

    Ministério Somos Uma Família

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    • Equipe Mãos Dadas

      Que cometário precioso, Willian! Obrigada por compartilhar sua visão e ministério, tão necessários em nossos dias! Que nosso Deus te renove o entendimento e a força e muitos homens se levantem com o coração rendido mais e mais a Jesus e à nova geração! Deus abençoe!!

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  3. Thiago Coppi

    Débora, que texto simples e oportuno. De fato fica o desafio para que saibamos reconhecer e ser gratos pela vida de homens que são referência para os pequeninos, e que tbm sejamos sábios na forma de amar! Obrigado

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    • Equipe Mãos Dadas

      Thiago, somos muito grantos pelo comentário e incentivo! Sim, que mais e mais homens possam se levantar como referência do Senhor para os pequeninos! Que o Senhor continue te dando sabedoria e amor! Deus abençoe!!

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