Por uma Cultura de paz

edicao19_p13bVivemos em uma cultura que estimula o individualismo e a competição e nos incentiva a transformar o outro em objeto dos nossos interesses. Por isso, precisamos construir juntos uma “cultura de paz”. Vamos pensar individualmente e em grupo sobre a nossa realidade, sobre os princípios do reino de Deus e sobre ações organizadas e de longo prazo. A cultura de violência é uma construção humana, e pela ação humana ela pode ser modificada.

O Estatuto da Criança e Adolescente se refere à opinião e expressão, como parte do direito à liberdade.* Crianças e adolescentes têm a liberdade de promover seus próprios direitos. Não é fácil, porque implica democracia nas coisas diárias, no relacionamento entre as pessoas. As ações que valorizam o “bom-trato” precisam ser pensadas como um processo. As experiências somadas podem se tornar referência na vida das pessoas, e assim, promover uma cultura de paz.

A iniciativa de Juventud para Cristo do Uruguai é importante pela visibilidade que dá ao tema da cultura de paz, mas principalmente por ser organizada e preparada com os adolescentes e jovens que exercem nesse processo o seu direito de opinião e expressão. A preparação da campanha nos grupos é a tarefa educativa que fortalece a auto-estima, estimula uma leitura crítica da realidade e a atitude pró-ativa de propor e defender políticas públicas que promovam uma “cultura de paz”.

Nota
* ECA – Capítulo II: Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade, no Art. 16, II.

Autor(a):Jane M. Blackburn, trabalha com o tema de superação da violência em igrejas e comunidades populares de Recife, PE. Durante anos trabalhou na ONG Diaconia apoiando ações sociais em igrejas nordestinas.