O chavão repetido e repetido era “a juventude é futuro da nação!”. Pois, então, o futuro chegou! E chegou com vontade. Com muita vontade de realizar algo; de mudar o rumo da prosa; de alterar as realidades. De fazer a utopia! Pois fazer o mesmo e o de sempre, parece, não resolve muito. Não resolveu.
Então, (re)inventemos o mundo. (Re)inventemo-nos. Com novos ares e novo vigor. Nada mais óbvio, portanto, que esse tal de protagonismo juvenil dê as caras. Protagonize.
O Estatuto da Criança e do Adolescente diz que “a criança e o adolescente têm direito à liberdade… como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais” (Art. 15). O artigo 16 explica que, entre outras coisas, o direito à liberdade significa opinião e expressão, e participar da vida política, na forma da lei.
Mas no papel simplesmente esta lei é letra morta. Alguém precisa encarnar isto. Literalmente, dar vida. Fazer o Estatuto existir. Trazê-lo para a realidade da favela, do morro, do sertão, da cidade. Da vida.
Daí a turma entra no buzão e enfrenta mais de 2 mil quilômetros rumo a Belém para, não apenas sonhar que “outro mundo é possível”, mas – desde alguns pontos já na estrada – construir um novo.
Ô xente, taí um negócio arretado!
Autor(a): Gedeon Alencar, sociólogo, participou das outras edições do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, RS, é diretor pedagógico do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos (ICEC), em São Paulo, SP.