Dia 3: Jesus precisava de ajuda de João Batista?

João 1:29-34

Durante estes últimos dois anos, nós nunca sabemos o que acontecerá a seguir: mais hospitalizações, mais mortes, novas variantes e assim por diante.

Nossas rotinas estão todas viradas do avesso. Como iremos ajudar essas crianças e suas famílias que estão sofrendo? Eles e nós estamos cansados do “on-line”. Como guiar essas crianças durante esse momento tão difícil pelo qual nunca passamos? Um guia para nos ajudar a fazer um mapa, outra pessoa para nos ajudar quando cairmos em armadilhas seriam muito úteis.

Às vezes sabemos exatamente para que caminho estamos trilhando, até que um dia nos damos conta de que estamos perdidos. Descobrimos que estamos em território desconhecido. Nosso mundo muda, as pessoas mudam, e precisamos de orientações. Nesses tempos, desejamos que alguém nos mostre para onde ir e quais caminhos devemos evitar.

Quando viajamos para um lugar novo e desconhecido, usamos um mapa para nos guiar. Mapas possuem os nomes das ruas e nos ajudam a percorrer por caminhos desconhecidos. Eles são os sinais de que os outros que passaram por aqueles lugares antes, sobreviveram e retornaram.

Ao longo das escrituras, Deus aparece de maneira inesperada, sem qualquer quando, onde ou por quê. Uma vez foi na sarça ardente, outras foi na coluna de fogo, uma nuvem, um anjo, ou uma escritura na parede.

Primeiramente, a ocultação de Deus nos revela que Ele não tem de nos responder. Em segundo lugar, não podemos vigiá-lo ou simplesmente aparecer à sua porta.

O SENHOR nos céus é um território inalcançável, escondido, sem mapas para encontrá-lo. Ele faz a revelação; Ele vem até nós.

Isso é importante porque se Deus vem até nós, é a Sua revelação, não nossos desejos, uma fantasia, ou uma projeção dos nossos desejos. Por um curto período de tempo, 33 anos, Deus veio até nós como um de nós.

Jesus, o Filho de Deus, deixou os céus e se tornou um bebê, cresceu, foi traído, abandonado por seus amigos, envergonhado, morreu uma morte excruciante. Pessoas estavam acostumadas a escutar sobre as poderosas aparições de Deus, mas Jesus veio de uma maneira muito diferente. Jesus veio para nos guiar, para nos mostrar o caminho até Deus Pai.

Deus escolheu guiar as pessoas nos tempos de Jesus cuidando delas e revelando a verdade, e não através de uma tempestade no topo de uma montanha, ou de um dilúvio mundial. Essas escolhas significam que não era evidente para as pessoas que Jesus de Nazaré, o filho de Maria, era o Filho de Deus, o Salvador por quem todos esperavam.

As pessoas nunca veriam Jesus como o Deus Encarnado porque a imagem que eles tinham de um Salvador estava atrelada a alguém poderoso e que estivesse no comando da nação. E ainda assim, para que eles recebessem orientação, eles precisavam reconhecer Jesus por quem ele era.

Isso significava que Jesus precisava de uma introdução. Ele precisava de alguém para apontá-lo e nomeá-lo como Salvador. João declarou a Jesus “…depois de mim virá aquele que é mais poderoso que eu, cujas sandálias eu não devo carregar. Ele vai batizá-los com o Espírito Santo e com fogo”. (Mateus 3:11).

João era como um poste de sinalização, apontando para Jesus, dizendo a todos que Ele era o destino. Deus inclusive usou o batismo de Jesus por João, para dizer dos céus: “Este é meu Filho, a quem eu amo” (Mateus. 3:17).

A avaliação de Jesus sobre o papel de João Batista em seu ministério, “…entre os nascidos de mulheres não há um maior do que João…” (Lucas 7:28). O resultado do batismo de João: “Todas as pessoas, até mesmo os publicanos, quando ouviram as palavras de Jesus, reconheceram que o caminho de Deus era certo, porque todos eles foram batizados por João” (Lucas 7:29). Toda vez que reconhecemos pessoas que Deus nos enviou como guias, como ajudantes, nós os valorizamos, e é dessa maneira que Deus opera. Eles nos abençoam e nós, em retorno, os abençoamos. 

Vivemos um momento de transição, um tempo em que não temos certeza sobre como o mundo pós-pandemia será, um tempo cheio de grandes desafios. Vamos reconhecer que há outras pessoas que podem nos ajudar a revelar nossos destinos, nos ajudar a chegar onde precisamos.

Essa atitude permite que mais pessoas participem e se beneficiem do nosso trabalho. Será que estamos abertos para os inesperados sinais que Deus nos envia?

  • Por James Bruce Gilbert