Disciplinar: ato de amar

Disciplinar: ato de amar

A questão da disciplina tem sido objeto de confusão no meio evangélico. Há muitos irmãos que acreditam que disciplinar é sinônimo de castigar e que esse castigo deve ser físico e ainda, para ser fiel à Bíblia, com o uso de uma vara. Um exame mais atento dos textos bíblicos, no entanto, não justifica essa posição. A palavra disciplina, tanto em nossa língua quanto nos originais hebraico e grego, significa primeiramente educação. Tem a mesma origem que “discipular”. Para mim é motivo de tristeza pensar em quantas crianças são espancadas com varas e outros objetos por pais, que pensam estar sendo obedientes a Deus ao usarem técnicas educativas. A base destas técnicas, na realidade, está em uma psicologia — o chamado behaviorismo — que vê o ser humano como um simples animal, destituído de qualquer aspecto espiritual.

A bem da verdade, uma de minhas filhas, que se especializou em adestramento de animais, já me disse que nem com eles se utilizam, hoje em dia, castigos físicos. Há formas bem mais eficazes de conseguir obediência.

Mais ainda, todos quantos estão conscientes das terríveis conseqüências que o medo acarreta para a personalidade de uma pessoa pensariam muitas vezes antes de utilizá-lo para obter submissão.

Toda e qualquer forma de educação é também uma forma de disciplina; disciplinamos por palavras, por exemplos, pela atenção, pela compreensão, pela aceitação, pelo carinho e, eventualmente, também por castigos. Estes, aliás, são tanto menos necessários quanto mais existam os outros elementos citados.

Tudo isso não quer dizer que devamos ser permissivos ou excessivamente tolerantes. É preciso levar em conta que toda criança precisa crescer conhecendo limites, sendo orientada sobre o que é certo e o que é errado. Sem isso não desenvolverá a segurança interior que, em grande parte, é resultado da interiorização das atitudes dos pais para com ela — atitudes que precisam incluir firmeza amorosa.

Para aplicar adequadamente qualquer forma de disciplina, precisamos considerar um fato óbvio [..]

Por Zenon Lotufo Jr

 

Leia este e outros artigos acessando a edição Nº6, p.6 da revista Mãos Dadas:

 

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