Minha história de adoção

Minha história de adoção

Por: Homeron Klen de Oliveira

Meu nome é Homeron Klen de Oliveira. Sou presbítero em disponibilidade da Igreja Presbiteriana Floresta em Belo Horizonte. Coordeno o Ministério Família e Adoção e estudo no Seminário Teológico Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemos Eller. Sou casado com Joelda e com ela tenho dois filhos adotivos: Pedro com seis anos e Carolina de dois anos. Contarei aqui como aconteceu a nossa adoção.

Mesmo antes de nos conhecer eu e Joelda pensávamos em adotar. Quando o namoro amadureceu e começamos a falar em casamento a questão dos filhos veio à tona e acordamos que primeiro iríamos ter filhos biológicos para depois adotar.

Casamos em novembro de 2010 e após pouco mais de um ano começamos a tentar a gravidez. Como não conseguíamos fomos ao médico. Ele nos informou que o recurso seria fertilização in vitro. O procedimento particular é caríssimo então recorremos ao SUS para fazer o tratamento.

Como a fila para realizar o procedimento era demorada uma amiga da minha esposa – que sabia da nossa intenção de adotar – nos sugeriu que também entrássemos na fila da adoção já que esta também era demorada. A sugestão foi aceita.

Obtivemos informações a respeito de como iniciar o processo de adoção com a ajuda da Rosânia Alves, Assistente Social da Igreja Batista da Lagoinha.

Demos entrada nos documentos da nossa primeira adoção junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais em fevereiro de 2013. Passamos por uma entrevista com uma psicóloga, com assistente social, fizeram uma visita em nossa casa e participamos de curso sobre adoção. Todos estes trâmites são obrigatórios no processo.

Oito meses depois, o juiz, após análise dos documentos entregues e dos laudos confeccionados nas entrevistas, deferiu a nossa habilitação para adotar e fomos inseridos na fila de adoção.

No final de fevereiro de 2014, o Tribunal de Justiça nos liga para conhecermos uma criança que se encaixava no perfil solicitado. Comparecemos junto a vara da infância de BH onde a assistente social nos explicou todo o histórico da criança que, para nossa surpresa e alegria, se chamava Pedro, que era o nome que queríamos colocar em nosso filho.

Depois de conhecer a história do Pedro, fomos encaminhados ao abrigo em que ele estava. Esperamos na sala do abrigo e a cuidadora trouxe um risonho menino de um ano e três meses de idade que não teve medo nenhum da minha esposa, mas que, ao olhar para mim começou a chorar demais. Ele não chegou perto de mim naquele dia. Sempre que eu tentava uma aproximação ele chorava.

Fui para casa chateado, ligamos para a Rosânia que nos atendeu, orou conosco e nos acalmou. No outro dia, outra visita. No começo Pedro continuava ressabiado comigo. Em determinado momento ele apontou para um objeto que estava muito alto, então eu o peguei no colo e do meu colo ele não saiu mais! Visitamos o Pedro por uma semana e depois, no início de março ele foi para a nossa casa.

No segundo semestre de 2014 começamos outro processo para adotar. Inicialmente desejávamos outro menino, mas minha esposa me convenceu a ter uma menina. Em novembro de 2016 conhecemos a Carolina que tinha saído do hospital naquele mesmo dia. Ela chegou a nós com um mês de vida. Seus primeiros trinta dias tinham se passado no hospital por ter nascido prematura. No mesmo dia que a conhecemos a levamos para casa.  Ela era muito pequenina e parecia uma bonequinha. Chegou em nossa casa com apenas 2.100 kg.

Mais acima eu disse que a fila para o procedimento de fertilização in vitro era demorada. Em julho de 2017, depois de duas adoções, o pessoal do Hospital das Clínicas de Belo Horizonte me liga falando que minha vez de fazer o tratamento tinha chegado. Eu agradeci e disse que não precisava mais do tratamento pois já era plenamente realizado como pai.

Por causa das dúvidas e preconceitos em relação a adoção comecei a trabalhar com a Rosânia auxiliando pessoas que desejavam adotar, orando e esclarecendo dúvidas partindo do pressuposto bíblico de que o cristão é filho adotivo de Deus conforme Romanos 8.12-17, Gálatas 4.1-7 e Efésios 1.3-14. Hoje trabalho com o Ministério Família e Adoção sob os cuidados da minha igreja local.

Se você deseja saber mais sobre adoção entre em contato
pelo email: cartas@maosdadas.org que colocaremos você em contato com Homeron Klen de Oliveira.

Saiba mais sobre adoção Tardia

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4 Comentários

  1. ISABEL Costa Pinto

    História linda! Glória a Deus!
    Que Deus continue ajudando vocês nessa caminhada junto às famílias e as crianças que precisam de um lar❤️??????

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  2. Leene Neres da Silva

    Homeron DEUS te ilumine sempre por sua atitude e amor ao próximo sem pedir nada em troca a não ser a felicidade de fazer o bem. São poucas as pessoas que pensam e agem assim como vocês dois. Eu também tenho um filho não biológico e me sinto realizada como mãe.

    Responder
  3. Inede

    Muito bom esses depoimentos.
    Estou na fila de adoção a dois anos e não tenho nenhuma resposta da vara da infância.

    Responder
    • laís

      Inede!
      Ficamos felizes que tenha gostado do depoimento. Já leu o texto de Sara Vargas sobre adoção? Se ainda não, acesse AQUI.
      Pedimos que a vontade no Senhor seja feita nas famílias que desejam realizar a adoção e na vida das crianças que carecem de uma família.

      Responder

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