Adoção: a doce ação – Parte 2

Adoção: a doce ação – Parte 2

Reproduzimos um trecho do livro “A doce ação – escolhendo aceitar e acolher novos desafios” escrito por Edleia Lopes. O livro traz a adoção como uma atitude simples e sábia que deve acontecer cotidianamente na vida de todos nós, é um ato que está diretamente relacionado ao encontro da paz e da verdadeira vida.

 

A arte de transformação

Por Edleia Lopes

E em se tratando de adoção, a grande questão que envolve a maioria das pessoas é: será que vale a pena? Será que é mesmo possível? Qual o valor de lançar-se sobre uma “receita” tão complexa, que normalmente vem atrelada a um considerável conjunto de riscos?

Isso é verdade. É uma realidade que não podemos desprezar. Mas podemos dizer que, da mesma forma que entre muitos cozinheiros, há aqueles com habilidades para  prepararem “receitas especiais”, nobres e mais complexas, como um doce de frutas cítricas, por exemplo. Assim, também, acredito que há entre aqueles chamados para serem pais, os que são escolhidos para viverem o processo de adoção.

Nossa família está envolvida no preparo dessa doce receita. Temos o privilégio e o desafio de viver a história de uma adoção. Em especial, meu marido e eu, é claro, temos encarado com muita disposição esse desafio que vem encharcado de emoção.

E por ser uma receita de grande responsabilidade, entendemos que esse “doce” não teria o mesmo sabor se nós não o estivéssemos preparando em parceria, a quatro mãos, sendo bons colegas de cozinha.

Meu desejo é compartilhar nossa experiência. Esse propósito existe há tempos. Logo nos primeiros dias com nosso filho, percebi o quanto seria bom poder registrar momentos interessantes, situações marcantes, experiências relevantes; as festas das conquistas, as dores das decepções, as angústias provocadas pelas incertezas, enfim, esclarecer para muitos que se interessam em saber o que de fato é adoção. E talvez, estimular outros a viverem essa experiência, ou encorajar aqueles que já estão experimentando o processo.

No entanto, era preciso esperar, ver o tempo correr, viver os bons e maus dias. Mais que isso, na verdade minha intenção era escrever quando tudo estivesse gozando de plena ordem, alegria e satisfação. Ou seja, eu estava aguardando um epílogo sonhado em contos de fadas para terminar as últimas páginas do livro escrevendo: “E viveram felizes para sempre!”

Só que não demorou muito para que eu descobrisse que as coisas não eram tão simples assim. Logo percebi que não podia esperar um “final feliz” para registrar essa história. Primeiro, porque não temos como garantir quando, onde, ou na vida de quem os “finais felizes” irão acontecer. Segundo, porque apesar do forte desejo de vivê-los, a maioria dos “finais felizes” que grande parte de nós imagina, é cheia de fantasia e perfeição e só existe nos romances.

Assim, o que deveria fazer era me despir dos sonhos, e com os pés bem firmados na terra, enxergar as dezenas de “finais felizes” que já tínhamos vivido, mesmo em meio a muitas lutas, e compartilhá-los. A partir daí, então, comecei a registrar um pouco dessa realidade profunda e especial que é a adoção.

Longe de mim tentar escrever um manual de vida, regras e preceitos para quem pretende adotar, ou para quem está lidando com adoção. Decididamente essa não é minha intenção. Meu desejo é tão somente compartilhar o que vivemos até aqui e assim, talvez, ser útil para animar, orientar, estimular ou consolar quem está envolvido com essa experiência.

Mais que isso, meu intuito é fazer com que essa história sirva de estímulo para você enfrentar desafios diversos, independentemente da área de sua vida. O fato do desafio experimentado por minha família e eu ser a adoção, não significa que quero tratar apenas com pessoas que adotaram ou pretendem adotar um filho. De forma alguma. Meu desejo é fazer com que você se sinta encorajado a enfrentar barreiras diversas, superar obstáculos que se colocam em várias áreas de sua vida, ou investir em projetos grandes e especiais.

O propósito deste livro é encorajá-lo a viver seus sonhos, a correr atrás dos seus objetivos, é estimulá-lo a nunca desistir, é fazer com que você sinta que vale a pena pagar o preço de encarar desafios para alcançar seus alvos.

O intuito também é fazer com que você se lembre de que nenhum projeto que Deus colocou em seu coração será maior do que as forças que ele mesmo lhe dará para lutar. Não importa se esse projeto é uma adoção, um casamento, um relacionamento novo, um filho biológico, talvez os filhos de outro casamento do seu cônjuge que você precisa acolher; ou quem sabe seu projeto está em outra área, como um novo trabalho, um curso, uma ONG, um ministério, enfim, seja o que for, se Deus está plantando o sonho, no tempo certo, ele mesmo proverá cada um dos ingredientes necessários para que essa “receita” se torne realidade e venha encher não somente sua vida de sabor e doçura, mas também a vida de todos aqueles que o cercam.

A expectativa é que as experiências compartilhadas nas próximas páginas sirvam como injeção de ânimo e esperança para ajudá-lo a viver os desafios que têm se colocado diante de você; na plena certeza de que há um Deus que está no comando, mesmo quando tudo parece tão confuso aos nossos olhos.

Que haja encorajamento e disposição de empenhar-se em projetos nobres. Que como grande chef, você se sinta estimulado a preparar pratos novos, diferentes, capazes de dar sabores inusitados à vida. Que não haja contentamento apenas em experimentar “receitas” simples, fáceis, práticas e triviais, mas que, pela fé, você se revista de ousadia e coloque para aquecer, em chama alta e vibrante, velhos sonhos guardados.

Meu desejo é que essa leitura ajude a acrescentar um tempero novo na vida de muitos. E que a doçura de ingredientes, como paciência, prudência, perseverança e disposição, provoque uma explosão de sabores na história insípida do cansado e desanimado.

Que o desafio de viver uma vida de adoção invada sem licença ou cerimônia a alma do desmotivado. E que esse estilo de vida gere abundância de doçura nos dias que virão.

Leia a Parte 1!

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