Por Débora Vieira, psicóloga clínica e editora da Rede Mãos Dadas
No Brasil temos celebrado o Dia dos Avós no dia 26 de julho. Então, vamos aproveitar até o final deste mês para falar do papel daqueles que deram vida aos pais da nova geração dos nossos dias e, atravessando os séculos XX e XXI, têm tanto a ensinar com a própria vida! Você é um deles ou conhece algum vovô ou vovó? Leia com o coração e compartilhe o texto com eles!
Dizem que os avós existem para estragar, não é? Também, que essa é a fase de somente curtir o lado bom da paternidade ou maternidade. Eita fase boa! Mas, será mesmo? Depois de tanto passado na vida, tantas lições, tantas verdades e experiências, tantos conselhos que poderiam ser dados, será que os avós de fato se realizam completamente aproveitando os momentos com os netos somente para “estragar” e “curtir o lado bom da vida”? Será que justamente o belo da vida não é descobrir a sabedoria do caminhar nos dias leves e pesados? Será que justamente nisso os avós não poderiam ser os especialistas em transmitir valores com propriedade e deixar seu legado para que os mais inexperientes pudessem caminhar melhor nesta vida?
Paulo escreve a Timóteo mencionando a fé que habitava primeiro em sua avó Loide e que agora estava nele:
“…a fé não fingida, que há em ti, a qual habitou primeiro em tua avó Loide…” (2Tm 1:5)
Para falar de fé é preciso falar de vida. Para tentar transmitir a fé é preciso viver essa vida de acordo com a fé. No dia a dia. Na prática. Apesar desse pequeno trecho bíblico não descrever um dia específico entre a avó Loide e o neto Timóteo, podemos ver que uma terceira pessoa, Paulo, testemunha a relação deles e consegue perceber que a fé não fingida de Loide influenciou formativamente o neto! Que preciosa essa constatação de Paulo! Certamente Loide não “estragou” o neto ou “só curtiu o lado bom da vida” com ele. Porém, com certeza, ela colheu os frutos de muita alegria ao ver o neto nos caminhos do Senhor Jesus. Que fase boa ela deve ter vivido!
Nos próximos textos deste mês ainda veremos situações um pouco mais desafiadoras nesse processo de discipulado entre avós e netos. Pais não cristãos ou que não aceitam conselhos. Pais ausentes. Distância física. Saúde. Há diversos fatores para pensarmos. Por hora, você já pode ir pegando umas dicas no texto de Gilson Bifano para nossa parceira Ultimato: O papel dos avós na família. Gilson Bifano é escritor e palestrante na área de casamento e família. Artigo publicado originalmente no site do Ministério Oikos. e reproduzido com permissão do autor. Ele dá dicas preciosas dos nossos próximos passos aqui. Veja lá e até semana que vem!